segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Centenário da bandeira republicana

A bandeira da República Portuguesa, um dos símbolos nacionais, faz hoje 100 anos.

Batalha de Moscovo - Foi há 69 anos



A Batalha de Moscovo refere-se à defesa da capital Soviética de Moscovo e à subsequente contra-ofensiva face ao exército Alemão, entre Outubro de 1941 e Janeiro 1942 na frente Leste na Segunda Guerra Mundial.
A 22 de Junho, 1941, a Alemanha invadiu a União Soviética, num ataque surpresa. Destruindo maioria da força aérea soviética no chão, as forças alemãs puderam rapidamente avançar no território soviético utilizando tácticas de Blitzkrieg. Unidades blindadas rapidamente apanharam e destruíram o exército soviético inteiro. Enquanto o Grupo do Exército Norte Alemão movia-se para Leningrado, e o Grupo do Exército Sul movia-se para capturar a Ucrânia, e o Grupo do centro avançava em direcção a Moscovo. A cidade foi alvo dos raides aéreos alemães. A população foi ordenada a construir barricadas nas cidades da cidade, até mesmo na proximidade de Kremlin. O governo soviético foi evacuado para a parte leste da cidade de Kuybyshev, (actualmente Samara), contudo Estaline continuou em Moscovo. Para dar um exemplo da determinação dos soldados e aumentar a moral dos civis, ordenou a organização da tradicional parada militar a 7 de Novembro, para comemorar o aniversário da Revolução, na Praça Vermelha, mesmo sob o perigo dos bombardeamentos alemães. As tropas efectuaram a parada até ao Kremlin e depois marcharam directamente para frente de batalha. Entretanto, o progresso alemão tornava-se mais lento, sendo quase paralisados com as chuvas do Outono, transformando o terreno em poças de lama. Quando o inverno siberiano chegou em Novembro, congelando o piso lamacento, os alemães puderam novamente deslocar-se, mas viram-se frente a frente com o problema da falta do equipamento militar de inverno, visto que Hitler tinha antecipado uma vitória no verão. A camuflagem quente e branca de inverno estava a acabar, e cada vez mais veículos ficavam imobilizados devido às temperaturas tremendamente baixas, abaixo dos zero graus Celsius. De facto, o inverno de 1941-1942 foi notavelmente mais frio que do costume. As defesas soviéticas aumentavam o seu desespero com a aproximação das forças alemãs de Moscovo. Os soviéticos enviaram milhares de recrutas e voluntários, até batalhões de mulheres contra o fogo de metralhadoras alemãs. Foi na frente de Moscovo que se originou o termo Panfilovec: I.V. Panfilov, comandante da divisão soviética 316º de Espingardas, morreu num feroz ataque suicida de infantaria contra os tanques alemães. Apenas uma dezena de soldados gravemente feridos sobreviveram a carnificina; um enorme número de soldados alemães também foram mortos. A 27 de Novembro as forças alemãs finalmente avançaram para a posição mais a oriental que puderam alcançar. Uma força de patrulha avançada conseguiu entrar na estação de metropolitano de Moscovo, com vista às torres do Kremlin, antes de uma força soviética os afastar. A 5 de Dezembro de 1941, Zhukov lançou um contra-ataque massivo soviético contra o exército alemão. A ofensiva teve lugar em todos sectores na área de Moscovo a 6 de Dezembro. As forças alemãs, exaustas e quase congeladas foram afastadas 100 a 250 km a 7 de Janeiro de 1942. Os soviéticos consolidaram as suas posições em Abril, 1942, tendo definitivamente afastado a ameaça alemã para fora de Moscovo. A vitória na batalha de Moscovo providenciou uma importante subida na moral soviética, onde exército alemão perdeu a sua aura de invencibilidade. A táctica Blitzkrieg teve assim o seu fim.


sábado, 20 de novembro de 2010

D. Afonso Henriques

D. Afonso Henriques, filho de um conde francês (D. Henrique) e uma infanta leonesa (D. Teresa), foi o fundador do reino de Portugal. Quando D. Henrique faleceu, em 1112, o filho Afonso, ainda jovem, desejou assumir o controlo do Condado Portucalense.  Para o conseguir, teve de afastar do poder a sua mãe, após a vitória na Batalha de S. Mamede, em 1128. A sua linha de acção enquanto conde de Portucale teve em conta dois grandes objectivos: alargar o condado para Sul, através da reconquista de territórios aos muçulmanos, que se tinham instalado na Península Ibérica desde o século VIII, e conseguir a independência do condado. Este segundo objectivo foi alcançado no dia 5 de Outubro de 1143, quando D. Afonso Henriques e D. Afonso VII de Leão e Castela assinaram o Tratado de Zamora. Neste tratado, o rei de Leão e Castela reconheceu a independência do reino de Portugal. D. Afonso Henriques tornou-se rei. E Portugal nasceu.


D. Afonso Henriques reconquistou vários territórios, incluindo Lisboa e terras situadas para além da linha do rio Tejo (o nosso conhecido Alentejo). Em Coimbra, cidade que privilegiou como centro da sua governação, apoiou a fundação do Mosteiro de Santa Cruz. É na igreja deste mosteiro, junto ao altar-mor, que se encontra ainda hoje o seu túmulo.

Nova figura mistério

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sugestão do filme "A Missão" - 8º ano

A Missão retrata a guerra estabelecida por portugueses e espanhóis contra os membros da Companhia de Jesus (jesuítas) que catequisavam os índios nos Sete Povos das Missões, na América do Sul, no século XVIII. Robert De Niro interpreta o papel de um violento mercador de escravos indígenas, que arrependido pelo assassinato de seu irmão, realiza uma auto-penitência e acaba por se converter em missionário jesuíta. Ele ajuda o líder dos jesuítas catequisadores, Gabriel (Jeremy Irons) a criar um novo mundo em Sete Povos das Missões, mas os portugueses e espanhóis têm outros planos para aquele lugar. Na Europa, o Marquês de Pombal ordenava a expulsão da Companhia de Jesus de território português. O mesmo fizeram os governantes de França e de Espanha. Estes países acabaram por pressionar o Papa Clemente XIV a suprimir a Companhia de Jesus, em 1773. Quando Gabriel se recusa a deixar o que construiu, o exército é enviado para forçá-lo a sair. Um filme empolgante, vencedor da Palma de Ouro em Cannes e que se notabiliza também pela banda sonora épica de Ennio Morricone.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sugestão do filme "As Vinhas da Ira" - 12º Ano

O filme As Vinhas da Ira, realizado em 1940 por John Ford, retrata a realidade da Grande Depressão dos Anos 30. O realizador baseou-se no livro de John Steinbeck com o mesmo nome, publicado em 1939. Steinbeck conta-nos a história de uma pobre família de camponeses, os Joads, que são forçados a deixar a terra onde nasceram e trabalharam, no Estado e Oklahoma, devido à seca e às dificuldades económicas geradas pelo Crash da Bolsa e pela perda de poder de compra dos agricultores. Os Joads partem para a Califórnia, seguindo os caminhos de milhares de outros "Okies" (migrantes), em busca de terra e emprego. O livro recebeu o Prémio Pulitzer em 1940 e o seu autor foi agraciado com o Prémio Nobel da Literatura em 1962. O livro As Vinhas da Ira é, ainda hoje, uma obra de leitura frequente nas escolas secundárias americanas e nas suas universidades (um resumo do livro pode ser visto no youtube).



A história de Tom Joad e da sua família ainda hoje simboliza a luta das populações mais desfavorecidas. O cantor americano Bruce Springsteen inspirou-se nessa história para compor a canção The Ghost of Tom Joad:

Sugestão do filme "Amistad" - 11º Ano

O filme Amistad é baseado numa história real ocorrida em 1839. Nesse ano, o navio Amistad partiu de Havana para Puerto Principe (Cuba), com um carregamento de africanos, capturados para trabalho escravo. Estes revoltaram-se no mês de Julho de 1839, tendo o navio sido posteriormente capturado pela marinha dos Estados Unidos. A importação de escravos tinha sido proibida, nos Estados Unidos, desde 1808. Por esse motivo, a presença destes homens em solo americano levou a uma disputa em tribunal. A sentença do supremo tribunal, lida em 1841, garantiu a libertade dos africanos que se encontravam no navio.
Ao veres este filme poderás testemunhar a dura realidade da captura e transporte em massa de escravos africanos para o continente americano, uma realidade que marcou toda a Época Moderna e só terminou no século XIX.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

11 de Novembro - Dia do Armistício

"O Dia do Armistício marca o aniversário do fim simbólico da Primeira Guerra Mundial, a 11 de Novembro de 1918. A data comemora o Armistício de Compiègne, assinado entre os Aliados e o Império Alemão (em Compiègne, França), marcando o fim das hostilidades na Frente Ocidental, o qual teve efeito às 11 horas da manhã - a "undécima hora do undécimo dia do undécimo mês". Apesar desta data oficial ter marcado o fim da guerra, reflectindo o cessar-fogo na Frente Ocidental, as hostilidades continuaram noutras regiões, especialmente no Império Russo e partes do antigo Império Otomano.
No campo de batalha, relatos contam a alternância de cenas de emoção, felicidade e confraternização face ao anúncio do cessar-fogo. Às 16h00 do mesmo dia, no Palais Bourbon, Georges Clemenceau lê as condições do armistício, reintegra a Alsácia e a Lorena ao território francês (já que os termos do tratado obrigavam que a Alemanha devolvesse essas regiões à França) e rende homenagens à Nação. Mas foram os antigos combatentes que instituíram a data como parte do calendário de celebrações nacionais."

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Dia Internacional Contra o Fascismo, o Anti-Semitismo e o Comunismo

"O Dia Internacional Contra o Fascismo e o Anti-Semitismo foi instituído para lembrar a "Noite de Cristal" (9 e 10 de Novembro de 1938). A pretexto de ter sido cometido um atentado na capital francesa contra o secretário alemão da secção parisiense, Von Rath, os nazis queimaram sinagogas, prenderam milhares de judeus e espancaram muitos outros até à morte, depois de lhes saquearem as casas. Na sequência disto, foram enviados para o campo de concentração de Dachau (uma antiga fábrica de armamento próximo de Munique) cerca de 10.000 judeus. Oficialmente, este dia marca o início do Holocausto. Durante o Holocausto estima-se que vieram a morrer mais de 6 milhões de pessoas. Curiosamente, cinquenta e um anos depois, também na Alemanha, a 9 de Novembro de 1989, caiu o muro de Berlim, marco emblemático na queda dos regimes comunistas do Leste europeu. Por esta infeliz coincidência o dia 9 de Novembro passou a ser comemorado como o Dia Internacional contra o Fascismo, o Anti-Semitismo e o Comunismo. Um dia comemorativo, instituído pelo Parlamento Europeu, no âmbito da luta contra o racismo e a xenofobia na União Europeia."